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Salas de aula: os “micos” do futuro

Gabriel Mario Rodrigues

Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES)

21/05/2013 04:46:08

Gabriel Mario Rodrigues Presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) e Secretário Executivo do Fórum das Entidades representativas do Ensino Superior Particular ***

O novo paradigma educacional deve estar centrado na nova economia, cada vez mais baseada em informações e no conhecimento. Ele requer, para as sociedades desenvolvidas ou emergentes, um processo contínuo de aprendizagem, remodelado permanentemente durante toda a vida, caso as pessoas queiram permanecer atualizadas  e  serem bem-sucedidas.

Um dos exemplos clássicos de miopia em marketing mostrado pelos especialistas é a falta de percepção que tiveram as Companhias de Estradas de Ferro americanas no início do século passado quanto ao objetivo de seu negócio: não conseguiram perceber que sua atividade principal era o transporte de mercadorias e de pessoas e não a construção de trilhos, armazéns e vagões. Seria bom que tivéssemos em mente que a nossa atividade não está restrita apenas ao ensino superior, mas em todas as áreas de prestação de serviços educacionais. Estamos lembrando da previsão de Peter Drucker quando escreveu em um de seus últimos livros que na segunda década deste século os prédios das universidades americanas estariam vazios por subutilização. Se isto não aconteceu até agora não quer dizer que não aconteça, mas que a arquitetura dos prédios escolares de todos os níveis não vai ser igual à de hoje, tenho certeza. Principalmente no que diz respeito às salas de aulas. Só teremos algumas e o restante serão amplos auditórios. Bibliotecas não serão como os depósitos de livros atuais, mas sim grandes centros tecnológicos de informação. Áreas de lazer, nem pensar. Faço esse registro porque a expansão de quase todas as instituições universitárias, não só brasileiras, está calcada apenas na construção de salas de aulas tradicionais. Ninguém se preocupa que a relação aluno-professor, como feita até hoje, um dia pode acabar e que o estudante só virá para a faculdade quando tiver um importante evento para assistir. Ninguém percebe que os bares ao redor das escolas estão mais cheios e efervescentes que as salas de aula. Ninguém observa que nos grandes centros urbanos o aluno desperdiça tempo precioso entre o trabalho, residência e escola e vice-versa. Ninguém avalia que a agenda de trabalho foge cada vez mais do horário tradicional. Se a tecnologia revolucionou o sistema bancário, o comercio, a indústria, o turismo e muitos outros setores, porque deixará de fazê-lo na educação? A visão de que o ensino superior é só sala de aula e professor começa a ser dissipada por um mundo onde a tecnologia e o capital humano tornam-se os maiores investimentos das empresas vencedoras. Num mundo no qual o conhecimento se acumula em ritmo exponencial e a informática chega a afetar todos os aspectos de nossas vidas, é importante perceber que a informação, sua aquisição, sua gestão e aplicação constituem a maior vantagem competitiva das organizações e das pessoas. O novo paradigma educacional deve estar centrado na nova economia, cada vez mais baseada em informações e no conhecimento. Ele requer, para as sociedades desenvolvidas ou emergentes, um processo contínuo de aprendizagem, reatualizado permanentemente durante a vida de trabalho, caso as pessoas queiram permanecer empregadas e bem-sucedidas. A certeza é que precisamos formar profissionais que viverão dentro das novas regras da economia e passarão, por certo, por atividades distintas de sua formação. É a constatação contida nas premissas seguintes:
  1. É cada vez maior o desinteresse dos jovens, habituados ao mundo de imagens e dos smarttphones, por programas de ensino que não mostrem aplicação imediata;
  2. Cada vez é maior o número de trabalhadores que estudam e desejam fazê-lo nas suas disponibilidades de horário e não nas oferecidas pelos sistemas tradicionais;
  3. Os estudantes desejam planos de estudos que tenham aplicação prática em seu trabalho, com conteúdos que contribuam para seu êxito profissional. Em relação aos professores, desejam aqueles que realmente estejam atuando e não aplicando teorias ultrapassadas;
  4. Desejam uma educação eficiente e aprender o que necessitam aprender e não o que o professor quer ensinar. Desejam uma estrutura de ensino que possa maximizar a aprendizagem e não planos curriculares desatualizados.
  5. Desejam uma educação com custos adequados, não lhes interessando subvencionar o que não consomem (quadras esportivas, grandes espaços ociosos, etc.). Precisam de financiamento para continuar seus estudos;
  6. Desejam uma excelente estrutura de serviços. Querem que suas necessidades sejam antecipadas, imediatamente atendidas e cortesmente oferecidas. Nada de filas desnecessárias e negociações com burocratas indiferentes. Não desejam ser tratados como pedintes, mas sim como clientes valiosos.
O significado disso estará moldando as seguintes constatações:
  • Os novos cenários mundial e nacional vão inspirar um profundo processo de transformação que deverá caracterizar o setor da educação superior nos próximos anos;
  • O nível de competição irá crescer a cada ano, indicando que as instituições que não estiverem atentas aos novos cenários e não tiverem propostas diferenciadas terão sérios problemas de sobrevivência;
  • A polarização dos grupos educacionais deverá acontecer mais cedo do que se espera, trazendo um nível de profissionalização maior, acirrando a competição, inclusive com a vinda das instituições do exterior;
  • O enfrentamento dos novos cenários, inclusive para conciliar qualidade e preço, precisará contar, acima de tudo, com a capacidade de inovar em termos de gestão e de conseguir corpo docente e administrativo ajustado às novas demandas.
Todas essas questões mostram que, na economia da sociedade do conhecimento, as demandas educacionais não estão mais restritas à sala de aula e aos edifícios de concreto e tijolos e a uma administração retrógrada. A educação continuada será o contraponto da flexibilização curricular e da duração dos cursos mais curtos. As instituições deverão ser espertas e mais rápidas para atender o mercado empresarial. A tecnologia educacional incrementará o e-learning para poder atender os estudantes de todas as regiões e fora do perfil do horário tradicional. Dentro dessas transformações que atingem o setor educacional, restarão apenas duas questões para as quais ainda não se tem resposta: o que pensarão os novos dirigentes do País acerca de todas essas questões e como ficará o sistema privado alçado à condição de agente de formação de recursos humanos em relação a todos esses desafios que a nova economia impõe. O que se deseja é que não incorram numa distorção total dos fatos e que não tenham uma visão desfocada dos acontecimentos. E, quanto ao sistema privado, que não fique com os “micos” no futuro.  

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